sábado, 8 de dezembro de 2007

Stockhausen

Bom, como esta revista se dedica especialmente à música, ficaria chato eu não mencionar a morte do compositor Karlheinz Stockhausen. É que eu não me sinto atraído pela música de vanguarda. Aliás, minha personalidade rejeita qualquer tipo de vanguarda. Eu não consigo me livrar da impressão de que muito do experimentalismo que se faz é vazio.
Mas magnífico Rafael, você não estuda composição? Como é que alguém estuda composição sem estudar Stockhausen?
Eu não disse que não vou estudar isso. Mas meu interesse musical morre onde os compositores começam a colocar a música em segundo plano. Quando o cara faz uma peça para quarteto de cordas e helicópteros, isso não me atrai. É engraçado, é "doidinho", é "moderno", é "cabeça", mas tem significado? Para mim não. Se tem para você, tudo bem. É que eu já vi muita gente esculhambar Beethoven, desprezar Bach e dizer que música só é música quando "desconstrói" ou sei lá o quê. Stravinsky e Bartók desconstruiram, mas com cuidado. Tiraram alguns tijolos e fizeram seus prédios em cima. Isso me convence. Mas deixar tudo em ruínas e tacar helicópteros em cima, não.

Um comentário:

Anônimo disse...

Como diria uma amiga minha: BEST POST EVER! Chega de meter helicópteros em cima da música, chega de artistas sem bagagem falando genericamente sobre "arte", provando assim sua falta de familiaridade com a literatura, com a música, com as artes plásticas...